terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cultivo e preparo de ervas medicinais

O uso dos remédios caseiros, faz parte da cultura do nosso povo. Na verdade, desde que o homem habita a terra, as plantas vem sendo utilizadas para curar diversos males.



Antigamente era comum a pessoa procurar os mais velhos, benzedores, curandeiros para tratar da saúde. Com o passar dos anos, muitas ciosas mudaram, a indústria farmacêutica inventou remédios quimioterápicos. E o chazinho da vovó, quase caiu no esquecimento. No entanto, hoje observamos que são muitas as pessoas que voltam a usar o remédio caseiro.

Alguns laboratórios e centros de pesquisa começaram estudar diversas plantas medicinais e descobriram que, na maioria das vezes, o povo tinha razão, a planta tinha uma ação de cura para a doença que vinha sendo tratada.

As plantas medicinais não devem ser utilizadas aleatoriamente, pois em excesso, pode ser prejudicial a saúde. Nunca substitua o tratamento indicado pelo médico, por remédios caseiros, estes podem ser utilizados simultaneamente como complemento.

Mais informações sobre cultivo e utilização na pagina ERVAS MEDICINAIS desta blog.

domingo, 14 de novembro de 2010

Projeto "Um olhar sobre a cidade"

O projeto da Escola Noé em Santo Antonio do Pinhal tem por objetivo contar a história do municipio aos alunos através de visitas aos locais que fizeram parte da história.
A Fazenda Renopolis foi visitada no dia 04 de Outubro de 2010 por 60 alunos da 3ª série do ensino fundamental.
                            História da Fazenda Renopolis
         No alto da serra da Mantiqueira, próximo a um pequeno vilarejo, hoje o Município de Santo Antônio do Pinhal, Dona Renée Lujan Carvalho construiu um sanatório com o intuito de tratar da tuberculose de sua filha, contudo, antes de sua inauguração a menina faleceu e dona Renée vendeu suas terras na década de 20 à Orlando Drumond Murgel, então diretor da Estrada de Ferro Campos do Jordão.

        Em 1929, mais um grupo de colonos japoneses chegava ao Brasil e, a pedido do Governo, Orlando vendeu parte de sua propriedade aos colonos, que pagariam pelas terras no decorrer de vários anos.
       A construção das casas só foi possível graças à EFCJ que transportou todo o material das obras e a Orlando que doou o material existente do sanatório que jamais havia sido inaugurado.
       As primeiras famílias a se instalarem foram os Yamada, Yao, Awata, Yoshikai, Kano, Mizuta, Shibuya, Kurozawa e Kussama.
       Inicialmente, os colonos tiveram como fonte principal de renda a agricultura, primeiro na cultura de hortaliças, principalmente cenoura que era vendida no Rio de Janeiro, sendo que sua produção era escoada pelo trem até Pindamonhangaba. Mais tarde, graças ao clima da região, plantaram pêssego e cogumelos, como champignons e shitake. Atualmente existe uma policultura de frutas e o cultivo de orquídeas.
       A fim de manter a tradição e cultura japonesa, Orlando cedeu uma gleba de suas terras para que os japoneses construíssem um clube e uma escola, para as crianças que estavam nascendo na colônia.
       Com o falecimento de Orlando D. Murgel, seu filho Luiz Orlando Rezende Murgel herda a propriedade em 1960 e anos mais tarde, doa oficialmente as terra do clube à colônia japonesa.
       Em 1979, na comemoração dos 50 anos da Colônia Renópolis, Luiz Orlando recebe o título de membro da colônia, sendo o único não descendente a receber tal honraria.
       A Fazenda Renópolis, área remanescente do loteamento Renópolis que ficou de herança a Luiz Orlando, foi até 1994 um local de veraneio de sua família, com um pequeno pomar, gado e o cultivo de orquídeas, que Luiz Orlando aprendeu com o auxílio de moradores da colônia. Neste ano, com o falecimento do patriarca, suas filhas Débora, Priscila e Gabriela herdam a fazenda e, ao lado de sua mãe Denise, começam a transformar a Fazenda numa área produtiva.
       Sempre com a preocupação em preservação do meio ambiente, buscam a agrofloresta, onde as árvores frutíferas nascem integradas às árvores nativas, proporcionando não só a preservação das árvores nativas, como também das aves e animais da região, que graças a esse cuidado, tem-se observado um grande aumento da fauna e flora.

domingo, 26 de setembro de 2010

Turismo de Aventura e Ecoturismo

       A Serra da Mantiqueira é uma das regiões do estado de São Paulo com uma das maiores áreas preservadas e de grande biodiversidade, tendo vocação natural para o desenvolvimento de atividades turísticas e alternativas produtivas que viabilizam a preservação ambiental e garantam a sustentabilidade socioeconômica da região. Tem paisagens exuberantes, clima muito agradável e uma série de possibilidades para atividades ao ar livre. E oferece  hoje, a seus visitantes, o autêntico turismo de Aventura e Ecológico.
     São mais de 100 trilhas espalhadas pelas montanhas e rios de Campos do Jordão e Santo Antonio do Pinhal. Os picos altos convidam para o rapel e as águas para um mergulho de banho frio.
     Quem aprecia mais passear pode escolher uma das centenas de trilhas para explorar a beleza da fauna e flora.

 
    A Fazenda Renópolis, localizada as margens da Rodovia Floriano R. Pinheiro, em Santo Antonio do Pinhal, tornou-se referencia não só para os turistas que passam pela estrada a caminho de Campos do Jordão e se acostumaram a dar uma paradinha para tomar um saboroso chá, mas, também para exemplificar uma proposta de sustentabilidade na agricultura familiar. Toda a produção é orgânica e, no caso da fruticultura, a família inaugurou há anos, intuitivamente, o conceito de agrofloresta, que hoje está em evidência. Nesse processo, as árvores frutíferas são plantadas em meio a mata nativa, de forma consorciada Dentro dela, existem 20 alqueires de mata nativa onde se encontram trilhas, cachoeira, ótimos locais para escalada e a belíssima paisagem da Serra da Mantiqueira.
     Dentro da Fazenda existe uma Casa de Chá , aonde se encontra mais de 40 tipos de chás, cujas ervas são cultivadas organicamente e depois desidratadas. O chá também é acompanhado de vários tipos de bolos e tortas e uma loja aonde é vendido o artesanato local, produtos com ervas medicinais e aromáticas que são produzidos pela própria família com matéria prima da fazenda, geléias, doces e licores produzidos com frutas plantadas em meio a mata natural da fazenda.

                             Santo Antonio do Pinhal
         A bela Serra da Mantiqueira, no Vale do Paraíba, apresenta inúmeras possibilidades para um delicioso final de semana, seja a dois, sozinho ou em família. Frio, boa gastronomia e a natureza verde e estonteante das montanhas são marcas da região. E é nesse paraíso que está situada a pequena cidade de Santo Antonio do Pinhal, alternativa para quem quer desfrutar do inverno mas pretende ficar bem longe do tradicional agito e consumismo exacerbado das cidades mais badaladas.
       A uma altitude de 1.143 metros, é comum no inverno os termômetros registrarem temperatura próxima ou menor que 0°C, o que pode provocar geadas, modificando a paisagem natural. Na bolsa, além de casacos e botas, leve agasalhos e tênis, afinal de contas, a estância climática investe nas modalidades de turismo rural, ecológico e aventura. Muitas trilhas cortam a mata, conduzindo o visitante a cachoerias exuberantes de águas cristalinas. O descanso e a contemplação são recompensa para quem aceitou o desafio. Não há outra escolha se não parar e ouvir o barulhinho da água descendo entre as pedras, curtir a canção dos passarinhos e observar a diversidade da nossa Mata Atlântica, que apesar das investidas cruéis do homem, luta cotidianamente para se manter viva.
      Amantes de esportes radicais: não deixem de visitar o Pico do Agudo, ideal para a prática do voo livre, tanto de parapente como de asa-delta. Dizem os praticantes que “o Pico Agudo é o único local onde dá voo o ano todo”. Atenção: não é exclusivamente para aventureiros. Se você faz o tipo que gosta de saber onde está pisando (de preferência em terra firme), fique tranquilo. O Pico do Agudo também é ideal. Dono de uma vista panorâmica privilegiada, é o único pico de altitude (1.700 metros) na América Latina que proporciona vista de 360°. Dali podem ser avistados a Pedra do Baú em São Bento do Sapucaí; o Vale do Paraíba, podendo, em dias claros, visualizar a cidade de São José dos Campos e até a Basílica de Nossa Senhora Aparecida. O Pico fica a apenas nove quilômetros do centro e o acesso é por carro.


O pinhão


Na Mantiqueira, não importa a direção do olhar, sempre haverá uma araucária compondo a paisagem.


Árvore típica da região, cresce majestosa em meio às montanhas. Sua copa alta e imponente lembra um cálice. É dela que nasce o saboroso pinhão, muito utilizado na culinária da região, que faz par perfeito com a truta, famoso peixe das águas frias. O nome da cidade é uma homenagem às diversas espécies de araucária
 encontradas no município.


Fonte: Revista SIMESP - Ivone Silva