domingo, 14 de novembro de 2010

Projeto "Um olhar sobre a cidade"

O projeto da Escola Noé em Santo Antonio do Pinhal tem por objetivo contar a história do municipio aos alunos através de visitas aos locais que fizeram parte da história.
A Fazenda Renopolis foi visitada no dia 04 de Outubro de 2010 por 60 alunos da 3ª série do ensino fundamental.
                            História da Fazenda Renopolis
         No alto da serra da Mantiqueira, próximo a um pequeno vilarejo, hoje o Município de Santo Antônio do Pinhal, Dona Renée Lujan Carvalho construiu um sanatório com o intuito de tratar da tuberculose de sua filha, contudo, antes de sua inauguração a menina faleceu e dona Renée vendeu suas terras na década de 20 à Orlando Drumond Murgel, então diretor da Estrada de Ferro Campos do Jordão.

        Em 1929, mais um grupo de colonos japoneses chegava ao Brasil e, a pedido do Governo, Orlando vendeu parte de sua propriedade aos colonos, que pagariam pelas terras no decorrer de vários anos.
       A construção das casas só foi possível graças à EFCJ que transportou todo o material das obras e a Orlando que doou o material existente do sanatório que jamais havia sido inaugurado.
       As primeiras famílias a se instalarem foram os Yamada, Yao, Awata, Yoshikai, Kano, Mizuta, Shibuya, Kurozawa e Kussama.
       Inicialmente, os colonos tiveram como fonte principal de renda a agricultura, primeiro na cultura de hortaliças, principalmente cenoura que era vendida no Rio de Janeiro, sendo que sua produção era escoada pelo trem até Pindamonhangaba. Mais tarde, graças ao clima da região, plantaram pêssego e cogumelos, como champignons e shitake. Atualmente existe uma policultura de frutas e o cultivo de orquídeas.
       A fim de manter a tradição e cultura japonesa, Orlando cedeu uma gleba de suas terras para que os japoneses construíssem um clube e uma escola, para as crianças que estavam nascendo na colônia.
       Com o falecimento de Orlando D. Murgel, seu filho Luiz Orlando Rezende Murgel herda a propriedade em 1960 e anos mais tarde, doa oficialmente as terra do clube à colônia japonesa.
       Em 1979, na comemoração dos 50 anos da Colônia Renópolis, Luiz Orlando recebe o título de membro da colônia, sendo o único não descendente a receber tal honraria.
       A Fazenda Renópolis, área remanescente do loteamento Renópolis que ficou de herança a Luiz Orlando, foi até 1994 um local de veraneio de sua família, com um pequeno pomar, gado e o cultivo de orquídeas, que Luiz Orlando aprendeu com o auxílio de moradores da colônia. Neste ano, com o falecimento do patriarca, suas filhas Débora, Priscila e Gabriela herdam a fazenda e, ao lado de sua mãe Denise, começam a transformar a Fazenda numa área produtiva.
       Sempre com a preocupação em preservação do meio ambiente, buscam a agrofloresta, onde as árvores frutíferas nascem integradas às árvores nativas, proporcionando não só a preservação das árvores nativas, como também das aves e animais da região, que graças a esse cuidado, tem-se observado um grande aumento da fauna e flora.

Um comentário:

  1. Olá Débora!
    Estivemos aí ontem (dia 14), experimentando o seu fantástico café colonial! Ainda não consegui acabar de escrever sobre Sto. Antonio do Pinhal, mas certamente vou fazer referência de vcs no nosso blog!
    Adoramos e vamos recomendar o local!!!
    Abraços!!!!
    Marcia, João e Júlia
    Os caminhantes
    Família Ogro

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